Gogoro apresenta a primeira Smartscooter do mundo

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Em 2011 a empresa Gogoro levantou US$ 50 milhões, seguido de outros US$ 100 milhões três anos depois. O grande problema é que ninguém sabia até então o que a empresa fazia. Até hoje 🙂

A empresa apresentou hoje na CES 2015 o seu plano audacioso, que possui duas ofertas básicas: uma scooter, batizada de Smartscooter, e um sistema de baterias substituíveis para alimentar a motoneta. Aparentemente a scooter é o ponto fundamental na estratégia da empresa, já que deve criar a base de uma rede de abastecimento de baterias, que deve ser expandida para ser utilizada em diversos outros veículos no futuro (pelo menos a empresa espera isso).

A Scooter

gogoroA scooter acelera de 0-50 km/h em 4.2 segundos e possui uma velocidade máxima de cerca de 100 km/h. Com as duas baterias totalmente carregadas, a autonomia é de cerca de 160 km, o que é excelente para andar na cidade.

Para se tornar uma scooter inteligente, obviamente a empresa tratou de criar um app, onde é possível monitorar cerca de 30 sensores que anunciam qualquer problema com a scooter. Além disso, os sensores também gerenciam a unidade de força, otimizando a entrega de potência para o seu estilo de pilotagem, melhorando assim a autonomia. Outro ponto interessante é que se você estiver “abusando” do acelerador e consumindo muita bateria, a scooter vai te informar isso em seu painel.

O app também permite que você mude a cor do painel, entre outras coisas.

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As Baterias e o GoStation Hubs

Como todo veículo elétrico, o grande problema está no sistema de baterias, e a Gogoro quer criar um ecossistema em torno dessas baterias. A scooter utiliza duas baterias de lithium-ion fabricadas pela Panasonic (iguais a do Tesla Model S), que possuem o tamanho de uma caixa de sapato, e pesam cerca de 9kg cada.

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Mas o segredo desse ecossistema está na hora de abastecer. Quando a sua Smartscooter estiver precisando recarregar, o app vai te informar qual o GoStation Hub (posto de abastecimento) mais próximo.

Para “abastecer” é simples, basta encaixar a sua bateria descarregada em um slot vazio e uma bateria recarregada será ejetada em alguns segundos. Você poderá até reservar uma bateria via app para que você não tenha a desagradável surpresa de chegar no hub e não encontrar nenhuma bateria carregada disponível. Óbvio que para utilizar esses hubs, você tem que pagar por um serviço de assinatura.

Mas nem tudo são maravilhas. O maior ponto negativo é que você NÃO consegue carregar a bateria em casa, o que é um ENORME problema no meu ponto de vista, pois você sempre dependerá de um hub para conseguir carregar a scooter. Óbvio que é justamente essa a intenção da empresa, já que o abastecimento das baterias vai ser uma das principais formas de faturamento da empresa. E caso você ande pouco, você poderá simplesmente carregar a sua scooter diariamente em casa. Ou seja, uma faca de dois gumes. Resta saber se esse modelo de negócios vai vingar ou não.

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Quanto ao preço, a empresa ainda não definiu o preço da scooter e nem da assinatura para utilizar os hubs de abastecimento. O jeito é aguardar, mas acredito que a scooter não será barata. Confiram abaixo algumas fotos (clique nas imagens para ampliar).

 

Sobre: Marcus Trotta

Meu nome é Marcus Trotta, sou empresário e trabalho com tecnologia na área de segurança da informação. Por trabalhar nessa área, pode-se dizer que sou aficionado por tecnologia e qualquer coisa que diz respeito a internet, gadgets e afins.

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