Jailbreak vs. Pirataria: Qual a diferença?

Eu acho que uma das coisas que mais escuto quando estou conversando com alguém sobre o jailbreak, é que o jailbreak e pirataria são a mesma coisa. Por causa dessa idéia equivocada que muitos têm, resolvi escrever esse artigo, explicando a grande diferença entre as duas coisas. Nesse artigo irei focar no jailbreak para os dispositivos da Apple (iPhone, iPod Touch, iPad e Apple TV 2G), porém já existem versões do jailbreak para outros dispositivos como Sony Playstation, XBOX com Kinect e outros.

Jailbreak

Afinal, o que é o jailbreak? Ele é ilegal?

O jailbreak (a tradução ao pé da letra seria libertar da prisão) é um processo que permite que o usuário tenha o controle de um dispositivo, acessando a linha de comando, e permitindo que o mesmo possa fazer modificações, remover limitações e personalizar o dispositivo, além das barreiras impostas pelo fabricante. O jailbreak permite que os usuários possam, entre outras coisas:

• Instalar aplicativos não encontrados e/ou não autorizados na App Store
• Fazer modificações na Springboard (tela de menus do iPhone/iPod Touch/iPad), bem como no sistema operacional
• Personalizar o aparelho com temas

Em 2010, o DMCA (Digital Millennium Copyright Act) tornou o jailbreak legal. Entretanto, a Apple alega que isso invalida a garantia, mas o processo é facilmente reversível.

Pirataria

O que é pirataria? A pirataria é ilegal?

A pirataria é a cópia, distribuição ou download de software não autorizado (ou pra ser mais exato, não licenciado), que neste caso inclui apps, bem como música e filmes. Isto permite que os usuários instalem os apps gratuitamente, sem pagar pela licença de uso para as respectivas empresas desenvolvedoras. Isso, como todos sabem é absolutamente ilegal. Para saber mais sobre pirataria, visite o wikipedia.

Conclusão

Quando falamos em pirataria de apps nos iDevices, o grande problema que eu vejo é que muitos usuários procuram o jailbreak para poderem instalar aplicativos piratas e “economizar” na compra de apps, economia pequena no final das contas, pois os apps têm um preço muito acessível, e se todos começarem a piratear, as empresas não terão interesse em desenvolver os apps.

Outra questão importante, e que a Apple deveria rever é a questão de testes com os apps e a impossibilidade de devolução dos mesmos. Grande parte das empresas estão lançando versões limitadas e grátis de seus apps para que os usuários possam testar o app antes de comprar a versão “full”. Isso ajuda muito a promover os apps e quando você for comprar, saberá exatamente o que vai receber. Para os apps que não possuem essas versões “lite”, a Apple deveria criar uma política de devolução e também de penalização para as empresas. Eu mesmo comprei um app que prometia uma coleção de jogos antigos, e quando eu instalei descobri que era uma fraude. Resultado, perdi os US$ 0.99 que paguei pelo app. A questão não é o valor monetário, mas sim a confiança que deixamos de ter no modelo de negócios, fazendo com que as pessoas tentem burlar o sistema através da pirataria. Um outro problema que temos é o cultural, onde infelizmente no Brasil, as pessoas gostam de “levar vantagem”. Não é a toa que o Brasil representa um dos maiores mercados de pirataria do mundo.

Acredito que agora os dois conceitos estejam claros, e se você estiver interessado em fazer o jailbreak no seu aparelho, consulte os posts aqui do blog sobre apps para aparelhos com jailbreak que podem tornar o seu iPhone ainda melhor.

Lembrem-se: o processo de jailbreak é feito por conta e risco. Eu nunca tive problemas durante os processos de jailbreak dos meus aparelhos, mas isso não quer dizer que não possa acontecer.